O velho Jardineiro
Estava eu olhando o velho João, entretido em varrer as folhas secas do jardim. A área era grande, e o velho caprichava em não deixar nem uma folha no gramado.
Estava eu olhando o velho João, entretido em varrer as folhas secas do jardim. A área era grande, e o velho caprichava em não deixar nem uma folha no gramado.
“João,” disse eu sorrindo, “que maravilha se você pudesse, só a um desejo seu, ver todas estas folhas, de repente, empilhadas num monte…”
“E posso mesmo…”, disse o velho prontamente.
“Se você pode, vamos ver…”, desafiei.
“Folhas! Juntem-se todas!”, disse o velho, numa voz de comando. E lá continuou limpando a relva até que as folhas ficaram juntas num só monte.
“Viu?”, Disse-me, sorrindo, “É este o melhor meio de vermos realizados os nossos desejos. Trabalhar, com afinco, para que aquilo que queremos seja feito.”.
O incidente calou-me no espírito. Mais tarde, ao estudar a biografia dos cientistas, dos reformadores e de todos aqueles cujas obras nos parecem, por vezes, milagres deveras sobre-humanos, descobri que adotavam geralmente o sistema do velho jardineiro.
Todas as suas realizações resultaram do fato de que estes homens, desejando fortemente chegar a certo objetivo, nunca cessaram de lutar por alcançá-lo.
Relato de: Horace Otis
Ohio-EUA