“Por que você perde seu bom humor, fazendo essa confusão toda com seu cabelo?” – perguntou meu pai, quando me encontrou chorando de raiva porque eu era muito menina e não tinha a habilidade necessária para fazer o penteado em moda nos meus tempos de colégio.
“É a moda…”, lamentei-me. “Só o meu nunca fica como os outros…”.
Olhando-me gravemente, meu pai ordenou:
“Divida seu cabelo no meio, penteie-o para trás, e amarre-o com uma fita. Agora, use-o assim durante uma semana, e se metade das meninas de sua classe não copiarem você, eu lhe darei dez dólares…”
Pensei comigo que ele era incrivelmente ingênuo. Dez dólares, porém eram uma fortuna a que não podia resistir, e o fiz.
Tivesse eu chegado à aula vestida com a camisola de dormir, minha agonia não teria sido maior. Mas quando a semana acabou, quase todas as meninas de minha classe estavam usando o cabelo separado simplesmente pelo meio, atado atrás com uma fita.
Meu pai disse, então:
“Não seja vulgar! O mundo já tem bastante mediocridade. Nunca tenha medo de uma ideia própria, e, se ela for certa, siga para adiante com ela, sem se importar com o que faça todos os demais…”
E, embora ele tivesse ganho a aposta, deu-me uma nota de dez dólares.
Relato de: Sra. Brooks E. Cairns
Califórnia-EUA