• Fale Conosco
  • 31 99206-2492
  • contato@jornalcriartvida.com.br
  • Quem Somos
  • Fale Conosco
  • Live (Transmissão Ao vivo)
  • Home
  • Quem Somos
  • Dependência Química
    • Drogas
      • Alucinógenas
      • Depressoras
      • Estimulantes
      • Inalantes
      • Outros
    • Prevenção e Tratamento
  • Psicologia
    • Saúde
    • Preparando seus filhos para a vida
    • Para refletir
    • Ditados populares
    • Histórias para crescer
  • Vivência
  • Edições
  • Colaboradores
  • Contato
  • Áudio e Vídeo
    • Podcast
    • Vídeos
  • Loja
  • Cartilhas
  • Quem Somos
  • Fale Conosco
  • Live (Transmissão Ao vivo)
0

Sem querer, querendo

  • Home
  • Psicologia Relações humanas
  • Sem querer, querendo
Homenagem à Isabel
2 de maio de 2021
O jogo da sedução na dependência química
1 de outubro de 2021

Sem querer, querendo

14 de julho de 2021

“El Chavo del Ocho”, de Roberto Gómez Bolaños, é o seriado mexicano conhecido, no Brasil, por “Chaves”. A tradução do espanhol é “O Moleque do Oito”. O nome do garoto é desconhecido, chamam-no apenas de “Moleque”. O nome próprio Chaves é uma adaptação grosseira para “chavo”.

Chaves é pobre, órfão, ingênuo, distraído, criativo e feliz. Mora na casa de número 8 e utiliza um barril como esconderijo. Relaciona-se com Quico, o mais rico da vila, caprichoso, superprotegido, invejoso e manipulador, porém, com bom coração; Chiquinha, a menor e mais esperta; Nhonho, o estudioso e egoísta, porém, caridoso com Chaves, e Chapolin Colorado, o atrapalhado super-herói. Na Vila, as crianças, personagens interpretados por adultos, enfrentam competições entre si e problemas com os adultos, por mal-entendidos, distrações e traquinagens.

Na vida real, com certa frequência, deparamo-nos com adultos, interpretando crianças. São pessoas infantilizadas por pais, avós, tios e cônjuges que os subestimam, assumem suas responsabilidades e seus papéis sociais. A dinâmica da regressão ocorre de modo imperceptível. As causas frequentes estão associadas ao baixo rendimento escolar, à dificuldade de ajustamento, resistência em assumir responsabilidades, comportamentos rebeldes e desafiadores, uma grande perda material ou afetiva, dependência de álcool ou outras drogas.

Para muitas famílias, a ideia de normalidade é doentia – uma visão equivocada de perfeição e felicidade que só existem nas pregações religiosas conservadoras, shows de coachs e conversas furadas de grupos sociais inautênticos. Por falta de parâmetros realistas, elas se apegam a modelos idealizados e tentam, da pior forma, “normalizar” as aparências.

Para muitas famílias, a culpa, originada pela crença de fracasso na educação dos filhos ou falha na escolha de um cônjuge, materializa-se em uma crescente carga opressora: o medo do jugo público. A estratégia mais comum para evitar a exposição é colocar panos quentes para abafar os problemas, em vez de enfrentá-los.

A noção de “normal” como um padrão de desempenho perfeito, promove a pressuposição de que qualquer dificuldade, no enfrentamento dos desafios da vida, constitui uma deficiência. A subestimação ou supervalorização das capacidades e aptidões das pessoas por uma deficiência é denominada capacitismo.

Um exemplo comum de capacitismo é a oscilação do pensamento entre os extremos da incompetência e genialidade: “Não adianta. Se eu não fizer ele não faz. Ele não dá conta. Mas é uma pessoa inteligentíssima para certas coisas. Quando ele quer (ou quando está fora das drogas) é a melhor pessoa do mundo”. Essa fala contém a afirmação da incapacidade, o mea-culpa por admiti-la e um certo heroísmo por “dar conta” do outro.

Tudo é tão estrutural e inconsciente que, sem querer, querendo, a família e sociedade reforçam a infantilização de adultos e transformam-nos em atores da vida real, tal como os personagens: Quico, inteligente que se acha idiota, insatisfeito, cobiça a felicidade simplória dos outros e recorre à mãe para resolver seus problemas; Chiquinha que usa sua esperteza para dar golpes nos amigos, e Chaves, com quem ninguém tem paciência , eventualmente, presta serviços à Dona Clotilde e se refugia num barril.

Inconscientes da própria condição, os adultos capacitistas e os infantilizados perpetuam o modelo de superproteção, privação do direito ao crescimento e estagnação do desenvolvimento. Nas palavras de Bolaños, “ O pior erro que podemos cometer é parar de evoluir”.

 

Artigo publicado no Diário da Região por Mara Lúcia Madureira.

Share
0

Artigos relacionados

10 de maio de 2022

Os Segredos da mente milionária – parte 04


Leia mais

Os comentários estão encerrados.

Colabore com o Jornal

Produtos

  • GT Limites e consequências R$750,00
  • Kit Leitura (Combo de 3 Livros + 2 Cartilhas + Apostila Brinde) R$225,00 R$174,40
  • Ditados Populares - Livro R$40,00
  • Drogas, efeitos e tratamentos - Cartilha R$10,00

CATEGORIAS

QUEM SOMOS

Vitae adipiscing turpis. Aenean ligula nibh in, molestie id viverra a, dapibus at dolor. Aenean ligula nibh in molestie id.

TAGS

Alcoolismo Alegria Amizade Amor Amor Exigente autoestima Codependência Dependência Dependência química ditados populares Drogas Educação Espiritualidade Esporte Família Filhos Fé Gratidão Grupos de Apoio Grupos Terapêuticos Histórias para crescer humildade Jornal Liberdade Limites Maconha Medo Motivação Mudanças Otimismo Pais Pais e filhos Pandemia Perdão Perseverança Psicologia Qualidade de vida Relações humanas Sabedoria saúde Solidariedade Sucesso Superação Tratamento Valor a vida
JornalCriart Vida O Jornal da Sobriedade

Jornal Criart Vida

Prevenção e recuperação de dependentes de álcool e outras drogas. psicologia e histórias para crescer.

Últimos comentários

  • 28 de junho de 2022

    Deonizia Barreto Filtrar por Não se cozinha arroz com palavras

  • 2 de junho de 2022

    SAAD Soluções Filtrar por Os 10 mandamentos da família funcional

Últimos posts

  • “Num sei u qui fazê, só si eu mata” – Parte 01
    5 de agosto de 2022
  • Libertando-se do medo
    5 de agosto de 2022
  • Como ajudar quem não quer ser ajudado
    5 de agosto de 2022
Todos os direitos são reservados a Cláudio Martins Psicólogo. Desenvolvido por SAAD Soluções @2022
  • Quem Somos
  • Fale Conosco
  • Live (Transmissão Ao vivo)
0