Os dez traços de um codependente II
By Cláudio

Os dez traços de um codependente II

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Traço n:3 – A autoestima (e muitas vezes a maturidade) do codependente é muito baixa:
A autoestima é fruto de uma educação e ambiente familiar funcional. Uma criança que cresceu num ambiente onde ela é respeitada em todas as suas fases do desenvolvimento normal de todo ser humano tende a crescer se sentindo valorizada, amada e confiante no seu potencial. Uma criança que sentiu a presença dos seus pais, que foram elogiadas nos pequenos e grandes feitos dificilmente terá uma autoestima baixa.
Infelizmente, no nosso país são poucas as pessoas que tiveram este privilégio de ter sido criado numa família harmoniosa. O codependente, na maioria das vezes, foi criado dentro de uma família disfuncional onde as brigas entre os pais e demais familiares eram recorrentes, os elogios escassos e as críticas muito frequentes.
Outro fato comum na nossa realidade era os filhos mais velhos assumirem a responsabilidade do cuidado dos mais novos e até se sentirem responsáveis pelo cuidado dos seus próprios pais trazendo como consequência o fenômeno da infância perdida.
Os abusos ativos e passivos sofridos na infância e adolescência podem repercutir no sujeito como sintomas de baixa autoestima, timidez, vergonha e um desejo exacerbado de ser amado pelo outro, daí a dificuldade de dizer não para o outro.

Traço n:04 – O codependente tem a certeza de que a sua felicidade depende dos outros:
O codependente coloca sua felicidade no “colo” do outro. Frases comuns dos codependentes exemplificam muito bem este traço:
“Se meu marido parar de beber eu serei a esposa mais feliz do mundo”
“Se meus filhos estão bem, eu estou bem, Se eles estão mal, eu estou mal”
Os autores deste livro chama este fenômeno de “Síndrome Bolsa de Valores”. Nosso bem estar fica dependendo do bem estar do outro, assim como a bolsa de valores dependente do espírito do mercado financeiro.
Por causa deste traço, o codependente toma atitudes absurdas e “loucas” para conquistar a felicidade do outro como forma de encontrar sua própria felicidade. Infelizmente, está estratégia não vai funcionar, afinal, como diz o autor John Power no seu livro com este mesmo nome: “Felicidade: um trabalho interior”.
Cláudio Martins Nogueira – Psicólogo Clínico
Baseado no livro: “O amor é uma escolha”- Autores: Dr. Robert Hemfelt, Dr. Frank Minirth e Dr. Paul Meier.

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  • Novembro 14, 2021
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